sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Procuram-se!


Procuram-se adolescentes!!!

Requisitos:
- sempre sorridentes e nunca com ar enjoado;
- sem resposta na ponta da língua para tudo, a não ser "sim, mãe querida";
- que tenham sempre os quartos arrumados, ou seja, sem roupa por todo o lado misturada com telemóveis, carregadores, jogos de PS e afins, sapatos e meias mal cheirosas e outras coisas;
- que se voluntariem a tomar banho todos os dias e não apenas "banho em perfume";
- organizados e estudiosos, sem recados na caderneta, sem faltas disciplinares e que não culpem os professores por uma nota menos boa;
- que não achem quase tudo "uma seca", exceto estar com os amigos;
- que não dominem tudo o que são novas tecnologias, principalmente aquelas que, nós pais, não "capichamos nada";
- que nunca mintam, a não ser uma vez de 3 em 3 meses e por "caridade aos pais";
- que ajudem nas tarefas domésticas sempre com um sorriso (pode até ser amarelo) e no fim ainda perguntem "precisas de mais alguma coisa, mãe?"
- que não passem a vida a compararem-se com os amigos a, b ou c que têm o último grito da tecnologia e tudo o que é roupa de marca. Em vez disso olhem para os amigos que têm menos e agradeçam de coração o que têm;
- que não façam "aquela cara" quando nos perguntam se no nosso tempo já existia telemóveis, facebooks e coisas do género e nós respondemos "NÃO";
- que nas festas de família deixem a mãe escolher a roupa sem pestanejar;
- que quando fizerem o pedido no Mc Donalds peçam a sopa do dia,
- que façam da semanada, mesada;
- que puxem o autocolismo SEMPRE;
- que quando atacarem a dispensa deixem o último pacote de bolachas para os pais;
- que consigam, uma vez por mês, dar razão aos pais e não só aos amigos;
- que tenham no seu dicionário as palavras "amar" e "partilhar" e só andem à estalada com os irmãos uma vez por ano; 


Espera lá... estou a falar de adolescentes... esqueçam o anúncio... 
NÃO VOU ENCONTRAR!





Estes são os de cá de casa!



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

30!!!


É oficial... estamos em contagem decrescente! Daqui a um mês os Britos aterram em Lisboa... iuuuupiiiiiii!!!
E nesse dia vamos matar saudades, dar beijinhos e abracinhos, apresentar o Zé Maria à família e aos amigos, vestir casacos, calçar botas, usar chapéu de chuva, cheirar a rua e a nossa casa, comer a "nossa" comidinha e quem sabe castanhas assadas, ver as iluminações de natal e sentir o espírito da época mais aguardada do ano e depois... descansar!
Estamos a contar os dias!!!



Entretanto, por aqui também chegaram às lojas e supermercados os enfeites de natal. 
No ano passado não chegámos a decorar a casa pois fomos mais cedo para Portugal, mas este ano resolvemos comprar uma nano-mini árvore de natal. As mais novas deliraram! Quero ver quando reverem a árvore que vamos montar em casa... vão achá-la gigante!

Confesso que de havaianas no pé, ainda não senti a magia do natal. Por aqui sinto-me quase há dois anos em férias de verão! Para mim, natal é e sempre foi com frio (às vezes chuva), à lareira e com muita roupa vestida. Quem sabe um ano passo o natal com calor e talvez goste!

Vejam se combina... árvore de natal com manga curta :)




(um segredo bem guardado: a árvore, as 6 bolas vermelhas, as 6 bolas douradas e as 50 luzes foram compradas no supermercado Kero e custaram 500 Akz, ou seja, cerca de 3,5 euros... estou a ficar pró em poupanças!!!)



E agora contem connosco... 30, 29,...

sábado, 15 de novembro de 2014

Final do ano letivo 2014


O ano letivo 2014 está a terminar e hoje foi dia de Festival de Encerramento. 
O tema deste ano foi "Fraternidade à 3ª idade" e, assim como no ano passado, para além das danças, canções e peças de teatro realizadas pelos alunos, os pais foram convidados a contribuir para instituições de ajuda à 3ª idade. Hoje todos os alunos tinham uma t-shirt alusiva ao Festival que se comprava no colégio. Uma parte das vendas reverte então para algumas instituições.  
Acho uma ótima ideia! Nem que seja uma vez por ano!

Este ano quem esteve hiper-mega-super contente foi a Francisca pois foi o seu primeiro ano no Colégio. E está uma crescida pois já vai para a 1ª classe!

As manas M e C e o mano ZM adoraram vê-la e divertiram-se imenso!













quarta-feira, 12 de novembro de 2014

E duram... e duram...


Não, não são as pilhas duracell!
São as jardineiras OshKosh de ganga que têm precisamente 14 anos e que nunca deixaram de estar a uso, uma vez que tenho sempre bebés a usá-las... seja menino ou menina! Se as lavar 3 vezes por mês (às vezes são mais) e fazendo as contas, as jardineiras foram à máquina  504 vezes!!! E as molas entre pernas ainda fecham e a ganga ainda não rasgou e, assim, a única diferença é a cor da ganga... está mais clara, mas muito cool!

Ainda me lembro do Bernardo com elas vestidas e adorar o ar de "miúdo com pinta" (só não coloco uma foto porque as fotos desse tempo estão em Portugal). As miúdas também ficavam o máximo de jardineiras e com umas golinhas por baixo. 
Pensando bem deve ser a peça de vestuário mais usada e onde o dinheiro foi bem empregue! Não... não sou patrocinada pela marca!!! Mas digam lá ao dono da OshKosh que não me importava nada!!!

E aqui fica o ZM... a mim só me apetece comê-lo, enchê-lo de beijos e dar-lhe uma valente tareia de cócegas!!!










terça-feira, 4 de novembro de 2014

Novos emigrantes


Há uns dias, cruzei-me com duas mães portuguesas que estão a trabalhar em Luanda. Uma está cá há quase dois meses e outra apenas há uma semana. Até aqui nada de novo... tudo normal. Com o decorrer da conversa percebi então que começa a existir uma nova realidade no que diz respeito à emigração: as mães que vêm trabalhar para este país e deixam os filhos com os maridos em Portugal. Ou seja, o inverso do que nos aconteceu a nós, Britos. 
O que nos une, no entanto, é o mesmo: a procura de uma vida melhor, mais desafogada e um futuro mais sorridente para os nossos filhos!
O tempo record que tive sem ver os meus filhos foram 18 dias. Foi em Agosto de 2012 quando vim conhecer Angola de modo a decidir se podíamos todos juntar-nos ao R. E digo-vos que foi bom, mas ao mesmo tempo estranho e com muitas saudades pelo meio. Por isso aqui fica a minha admiração por estas mães que vêm em primeiro lugar e que, de certeza, morrem de saudades, e sonham com o dia em que o marido e os filhos se juntam a elas neste país distante. E fica aqui também a minha admiração por estes pais que ficam em Portugal e vão levar e buscar os filhos à escola, fazem o jantar durante a semana e todas as refeições ao fim-de-semana, contam histórias e dão beijos de boa noite e acima de tudo, tentam minimizar as saudades e a falta que as mães fazem aos filhos (e olhem que são muitas!).



Deixo-vos aqui umas fotos de um Dia do Pai em que o pai não estava pois já estava a trabalhar em Angola. A C e a F fizeram os presentes e deixaram uma mensagem para o pai. Eu fotografei e enviei-lhe as fotos de modo e encurtar distancia e saudades... parte difícil esta!







É curioso perceber como os miúdos lidam com as saudades... e estas frases escritas no mesmo dia mostram isso. Para a C parece que o pai ainda morava em casa e estava lá todos os dias... para a F as saudades talvez estivessem mais presentes. 
Os miúdos são todos diferentes e o modo de verem as coisas também. Há que respeitá-los! Aconteceu várias vezes os mais velhos não quererem falar com o pai no skype (ou dizerem apenas olá) e as mais novas ficarem horas a fazer caretas e palhaçadas para ele ver. 
Da minha experiência acho que o mais importante é explicar-lhes tudo e não esconder nada. Mesmo aos mais novos que achamos que não percebem nada e aos mais velhos que achamos que percebem tudo. É importante também analisar comportamentos e ver se algo diferente se passa. Falar nas escolas com educadoras e professoras e explicar a situação. Eu pedi para ao mínimo sinal de alerta (comportamento alterado, baixa no aproveitamento escolar,...) me avisarem. Sempre correu tudo bem e senti sempre apoio da parte das escolas.
Novos tempos, novas realidades... mas parece que algo se repete. Há umas décadas atrás muitos homens também emigraram e deixaram as mulheres e os filhos e só mais tarde se juntavam todos. Nós, emigrantes de agora, temos que aproveitar o que de melhor a tecnologia nos dá. Telemóveis, skype, facebook, viagens low-coast (estas por aqui ainda não existem!). Já pensaram se fosse só por carta?

De resto, a vida continua... e todos temos uma capacidade de adaptação fora de série! Principalmente as crianças... e nos momentos em que estavamos todos juntos era como se fosse Natal e dia de festa todos os dias!