sábado, 19 de julho de 2014

Malária


Na semana passada recebi uma notícia triste e que me deixa sempre a pensar na vida... um rapaz da idade do R que veio à procura de uma vida melhor aqui para Angola faleceu com malária cerebral. Tinhamos vários amigos em comum e não nos passa ao lado, antes pelo contrário. Penso na mulher (que eu conhecia, embora não a visse há muitos anos), nos filhos, na família e nos amigos. E não deixo de pensar "e se fosse comigo?"

Claro que podia ter acontecido aqui ou num outro país do mundo, mas não com malária. Porque não existe em todo o lado... porque em Portugal e muitos outros países esta doença já está erradicada... e porque é que África é sempre o parente pobre? Isto enerva-me! E passava-me completamente ao lado quando morava no cantinho à beira mar plantado. Mas agora revolta-me quando penso na quantidade de pessoas que morrem todos os anos (e são milhares) picadas pelos mosquitos. Sabem que é o animal que mata mais pessoas no mundo inteiro?

Infelizmente, e com tantos portugueses a emigrarem para estas paragens, casos como este vão voltar a acontecer e eu rezo para que sejam poucos e reforço a ideia de que todo o cuidado é pouco... com a saúde não se brinca, principalmente por aqui.

Amanhã é o funeral do Helder e apesar de não o conhecer tenho a certeza que está num lugar ótimo a olhar pelos filhos, pela mulher e por todos os que gostavam dele!

1 comentário:

  1. Marta, fico me perguntando, como pode pessoas instruídas deixarem acontecer? Me faz imensa confusão! Ele não sentiu os sintomas? É possível estar doente sem saber? É o grande medo que tenho em voltar! Não tens medo com os teus?
    Beijinhos

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